quinta-feira, 18 de março de 2010

Dilma ganha 13 pontos, Serra desaba


O Ibope divulgou ontem a quinta pesquisa de âmbito nacional a apontar, a partir da primeira quinzena de janeiro, o expressivo crescimento da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, a ponto de quase zerar a vantagem de que desfrutava, até o fim de 2009, o pré-candidato do PSDB, José Serra.
Ratificando o que apuraram em janeiro e fevereiro o Vox Populi, Sensus, Datafolha e o próprio Ibope, sob encomenda da Associação Comercial de São Paulo, a mais recente pesquisa deste instituto para a Confederação Nacional da Indústria informa que a vantagem de Serra sobre Dilma, que era de 21 pontos em dezembro, desabou para 5 pontos no início de março.
Ouvidos 2002 eleitores em 140 cidades, entre os dias 6 e 10 deste mês, o Ibope identificou o crescimento da candidatura de Dilma em todas as regiões. A pré-candidata petista tornou-se conhecida e aceita por maiores parcelas do eleitorado. E está à frente de Serra na pesquisa espontânea, ainda que mais de 40% do eleitorado ainda não a reconheça como candidata do presidente Lula – o maior cabo eleitoral da campanha.
De acordo com o Ibope, 53% – mais da metade dos eleitores – declararam a intenção de votar no candidato de Lula, cujo desempenho é aprovado por 83% e cujo governo é avaliado positivamente por 75%. A parcela do eleitorado que considera o atual mandato inferior ao primeiro é a mais baixa já identificada pelo Ibope. E a parcela que acha o segundo mandato melhor do que o anterior é formada por quase metade dos eleitores.
Leia, abaixo, os principais dados da pesquisa CNI/Ibope:

1) De dezembro a março Dilma cresceu 13 pontos e Serra perdeu 3. A diferença, que era de 21 pontos a favor de Serra, desabou para 5 pontos.
2) Serra obteve 38% em dezembro e 35% no início deste mês. O apoio a Dilma saltou de 17% para 30% do eleitorado.
3) Ciro Gomes caiu de 13% para 11% e Marina Silva manteve 6%.
4) Dilma lidera, entre os candidatos, a pesquisa espontânea, em que o pesquisador não apresenta qualquer nome ao eleitor. A petista teve 14% enquanto Serra ficou com 10%. Mas o nome mais citado continuou sendo Lula (20%).
5) Dilma se tornou mais conhecida e mais aceita. A parcela de eleitores que disseram conhecê-la bem ou mais ou menos aumentou de 32% para 44%. E o índice de rejeição à candidata caiu de 41% para 27%
6) Serra, segundo o Ibope, é conhecido por 65% dos eleitores e rejeitado por 25%.
7) Na simulação de segundo turno a diferença entre Serra e Dilma também caiu para 5 pontos. Ele obteve 44% e Dilma 39%.
8) 53% disseram que votarão no candidato apoiado pelo presidente Lula. No Nordeste e entre aqueles que ganham até um salário mínimo por mês, a parcela de eleitores disposta a votar no candidato do presidente chega a 69%.
9) Dilma é reconhecida como candidata de Lula por 58% dos eleitores. Os demais 42% não sabem que ela é a candidata do presidente.
10) A avaliação positiva do Governo Lula aumentou de 72% para 75%, de dezembro a março. É o maior índice de aprovação já identificado pelo Ibope.
11) Nada menos do que 83% dos eleitores aprovaram, tanto em dezembro quanto em março, a maneira como Lula governa. E 77% dos eleitores disseram confiar no presidente.
12) A parcela do eleitorado que considera o segundo mandato de Lula melhor do que o primeiro aumentou de 46% para 49%. Já a parcela que considera o atual mandato inferior ao primeiro caiu de 13% para 9% – é a menor em três anos.
13) A aprovação ao governo aumentou em seis de nove áreas avaliadas: combate à fome e à pobreza, educação, combate ao desemprego, meio ambiente, combate à inflação e taxa de juros.
14) O percentual de desaprovação supera o de aprovação nas áreas de saúde, segurança pú­blica e impostos.